As cidades de Berilo, Chapada do Norte e Minas Novas, compõem um projeto turístico na região do Médio Jequitinhonha: a Rota dos Quilombos, coordenado pela historiadora Agda Moreira e pela turismóloga Luciana Priscila do Carmo, por meio do Cedefes (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva), ONG que trabalha com questões quilombolas e indígenas de Minas.
O programa visa oferecer um tour pelas comunidades quilombolas da região e oferecer complemento de renda aos moradores locais. Destaca-se que, nesse caso, o principal objetivo do turismo é propiciar aos visitantes vivenciarem a realidade quilombola. O valor para o passeio de nove horas nas comunidades fica entre R$ 260 e R$ 300 por pessoa, para grupos de até seis visitantes, incluindo alimentação e monitor local.
Os visitantes se deparam com a rica cultura das comunidades - danças, músicas, ritos, culinária e artesanato – além da hospitalidade interiorana brasileira. São apresentados a diversas manifestações artísticas, religiosas e culturais como batuque, dança do violão, terço cantado e peças confeccionadas no tear. Além disso, são apresentados a diversas delícias da culinária mineira, entre elas o biscoito de polvilho frito, de fubá, brevidade, pães, rapadura, pé de moleque, feijão tropeiro, feijoada, galinha caipira, angu, canjiquinha, quiabo e cachaça.
O principal pré-requisito para participar da visita aos quilombos é disposição para ouvir histórias, causos e trocar experiências. "Nossa intenção é que quem vem de fora vivencie o cotidiano de uma comunidade quilombola. O público que a gente busca não é o que vai visitar o Corcovado, o Cristo Redentor. É um turista que quer fazer uma troca de experiências e que vai querer deixar algo", afirma Agda Moreira.
Saiba mais no link: https://www.youtube.com/watch?
Por Tatiana Adriano, Boletim Informativo do Polo do Jequitinhonha #109