Aécio promete enxugar Estado, mas evita explicar medidas impopulares

12/08/2014 16:41

Senador do PSDB falou de temas polêmicos, abrindo a série de entrevistas na Globo

O senador Aécio Neves voltou a bater na tecla de que é necessário enxugar o Estado e reduzir as despesas, ainda que, para isso, seja necessário tomar medidas impopulares. No entanto, o candidato do PSDB à Presidência da República se recusou a detalhar quais seriam as medidas, afirmando apenas que, em sue governo, haverá “previsibilidade” em relação ao eventual reajuste de tarifas e preços administrados. Ele, no entanto, afirmou que haverá "realinhamento de preços" no momento em que sua equipe econômica julgar necessário. Apesar disso, não se comprometeu com as chamadas "medidas amargas" no início da gestão.
 
 
Aécio foi confrontado com questões polêmicas que rodeiam a sua campanha. Entre elas, o apoio do ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), réu no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro. Questionado se não se sentia constrangido com o apoio, Aécio reagiu: “Ele está me apoiando. Não é o inverso. Ele é membro do partido. Vamos aguardar que a Justiça possa julgá-lo. Se ele for condenado será punido. Qualquer cidadão tem que responder pelos seus atos”, afirmou Aécio, reiterando mais uma vez que, no PSDB, eventuais condenados não serão transformados em heróis.
 
O senador também voltou a falar do caso do aeroporto de Cláudio, construído em terras que foram de um tio. O candidato também minimizou o tamanho da propriedade que tem na região, disse que é um "sítio" nas mãos da família há 150 anos e defendeu mais uma vez que o aeroporto foi construído por critérios técnicos. Perguntado se não se incomodava em usar o aeroporto para viagem pessoal, mesmo tendo sido construído com verbas públicas, o senador disse que “já visitou praticamente todos os aeroportos, a trabalho” e que “não sabia que o aeroporto não estava homologado” pela Anac.
 
O senador reconheceu o avanço das políticas sociais no PT, não sem antes realçar que elas começaram ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e prometeu mantê-los caso seja eleitor.
 
“Todo mundo copia e aprimora. Ninguém tem vergonha. Meu governo será renovador no padrão ético e vai ampliar boas políticas”, afirmou.
 
Aécio foi questionado sobre a eficiência das política sociais quando governou o Estado de Minas Gerais, considerando que o Estado possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano do Sudeste. O tucano culpou as diferenças regionais do território mineiro e afirmou que houve avanço nos índices.
 
Aécio ainda defendeu as políticas de saúde em Minas Gerais durante sua gestão e divergiu dos entrevistados que apontaram a opinião de especialistas atribuindo a investimentos da União a melhoria nas condições de atendimento no setor do Estado.
 
Ao fim de sua fala, Aécio Neves realçou a necessidade de o país voltar a crescer, prometeu o governo eficiente, em um país no qual a inflação não perturbe as pessoas e encerrou pedindo o voto dos brasileiros.
 
O Jornal Nacional ainda irá entrevistar o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT), na quarta, e o candidato do PSC, Pastor Everaldo, na quinta-feira, encerrando a série.

 

Fonte: O Tempo

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