Após alta da taxa de juros, Copom afirma que inflação é resistente
A decisão do Banco Central veio depois que a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6,59%, rompendo o teto da meta estipulado pelo governo.

Pela primeira vez em quase dois anos, o Banco Central subiu a taxa de juros. Passou para 7,5% ao ano, alta de 0,25%. A mensagem do Banco Central foi de cautela até mesmo na hora de subir os juros.
O Banco Central está preocupado com uma inflação resistente. Segundo os economistas, nunca é errar na dose na hora de combater a alta dos preços.
Quem trabalha no mercado financeiro não precisa só entender de números. Interpretar os sinais é fundamental. Desde a semana passada, quando o presidente do Banco Central disse que monitorava atentamente os indicadores da economia, aumentaram as apostas no mercado financeiro de elevação dos juros. Comentários do ministro da Fazenda e da presidente Dilma Rousseff reforçaram a expectativa de alta.
A Taxa Selic chegou a 12,5% ao ano em meados de 2011, quando começou um ciclo de baixa que trouxe os juros em outubro do ano passado para 7,25% - o menor da historia do país. A taxa ficou nesse patamar por seis meses e agora subiu 0,25 ponto percentual, para 7,5%.
Nem todos os diretores do Banco Central estavam convencidos de que o aumento de juros já era necessário. Dois dos oito integrantes do Copom votaram pela manutenção da Taxa Selic.
Os economistas acreditam que esse é o inicio de um ciclo de alta dos juros, mas pelo tom da nota divulgada apos a reunião, apostam que o Banco Central será moderado.
No comunicado, o Copom admite que a inflação está alta e é resistente, mas diz que as “incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela”.
A decisão do BC veio depois que a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6,59%, rompendo o teto da meta. “O Banco Central não quer errar na dose, ele aperta os juros, aperta a política monetária para combater as pressões inflacionárias, mas sem muita convicção”, afirma o economista Juan Jensen.
Fonte: Bom Dia Brasil