O receio de uma nova cheia ainda preocupa a população

Por In360

Enquanto alguns comerciantes permanecem de portas fechadas, outros voltaram a rotina. O atendimento na padaria só foi possível depois de muita organização: mercadorias nas prateleiras, freezeres funcionando. O pãozinho francês só saiu, porque motores do maquinário da fábrica foram trocados. A água invadiu todo o comércio.

Sandra Helena, proprietária, disse que havia muita lama dentro da padaria e que tem muito medo de acontecer novamente.

Moradores ribeirinhos tiveram que deixar suas casas. É o primeiro dia de trabalho, depois de um fim de semana de transtornos e prejuízos.

Sivaní Nunes, doméstica, disse que teve que deixar sua casa toda bagunçada e cheia de barro, pois tinha que trabalhar.

Na ultima sexta-feira, o nível do Rio Doce chegou a 4,15 metros, 3,35 acima do normal. Em imagens feitas do alto, os estragos provocados pela enchente: a água inundou ruas, casas e clubes. Voluntários utilizaram barcos pra resgatar moradores ilhados. Muita gente se arriscou em meio a forte correnteza. 12 bairros foram atingidos. 113 famílias permanecem desabrigadas. 

Em um açougue, o proprietário limpou o local, mas móveis e refrigeradores, assim como as mercadorias, permanecem no alto. Mais de meia tonelada de carne foi perdida. Por enquanto, o comércio não vai funcionar.

Luiz Sidney, dono do açougue, disse que não tem como voltar por esses dias, pois está com medo da enchente vir novamente. Ainda segundo ele, perdeu mais de 500 quilos de carne.

O dia hoje também foi de limpeza. Pela manhã, aqui no bairro São Pedro, funcionários da prefeitura recolheram o que sobrou da enchente.

Móveis, eletrodomésticos. Lama, muita lama. Edinalva Pereira conta que parece um cenário de guerra.