Júri da Chacina de Felisburgo deve ser remarcado para agosto
16/05/2013 09:01
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Após reunião na manhã desta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o presidente do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, juiz Glauco Soares, sinalizou que o julgamento do fazendeiro Adriano Chafik Luedy deve ser remarcado para a segunda quinzena de agosto.
Acusado de ser mandante da chacina de Felisburgo, que terminou com a morte de cinco integrantes do Movimento Sem Terra em 2004, Adriando Chafik seria levado a júri popular nesta quarta-feira, mas o julgamento foi adiado pela segunda vez. O magistrado explicou que o procedimento foi necessário, uma vez que pelo menos 40 testemunhas de defesa ainda devem ser ouvidas pelo juiz do Vale do Jequitinhonha.
Ainda conforme o juiz Glauco Soares, a realização do júri sem o cumprimento dessa etapa poderia acarretar em anulação do julgamento. “Não podemos fazer o juri apenas para atender à pressão popular, as etapas processuais precisam ser seguidas”, disse. Ele afirmou, também, que as testemunhas já começaram a ser ouvidas na terça-feira (14) e continuaram sendo interrogadas nesta quarta-feira.
Chacina de Felisburgo
A “Chacina de Felisburgo” aconteceu em 20 de novembro de 2004 no acampamento Terra Prometida, na fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Na ocasião cinco trabalhadores rurais – Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos, Miguel Jorge dos Santos, de 56, Francisco Nascimento Rocha, de 72, Juvenal Jorge da Silva, de 65, e Joaquim José dos Santos, de 48 – foram assassinadas e cerca de 20 pessoas ficaram feridas, inclusive crianças.
As cinco vítimas foram executadas com tiros à queima-roupa. O fazendeiro Adriano Chafik, principal réu do processo, confessou ter participado do crime, mas poucos dias depois conseguiu, por meio de habeas corpus, responder ao processo em liberdade.
Fonte: Jornal Monte Claros