Menino que bebeu ácido passa noite bem e não tem infecção, diz hospital
Boletim disse que as funções vitais estão preservadas e normais.
Previsão é de que ele fique internado por duas semanas em BH.
Do G1 MG
O Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, divulgou, nesta quinta-feira (12), o terceiro boletim sobre o estado de saúde do menino de dois anos que bebeu ácido depois de ser ministrado por uma técnica de enfermagem na Região Leste da capital. Segundo o documento, o paciente não apresenta febre e nem sinais de infecção, mas continua em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e o quadro permanece estável.
Após o retorno do bloco cirúrgico nesta quarta-feira (11), dormiu bem durante a noite, fator que favorece bastante o processo de cicatrização, segundo o informativo. Ainda de acordo com o boletim, ele respira sem ajuda de aparelhos e não apresenta sinais de dor, as funções vitais estão preservadas e normais.
O garoto continua em jejum, recebendo nutrição via venosa. A previsão é de que nesta sexta-feira (13) seja iniciada a nutrição com alimentos naturais na forma líquida, por meio da sonda implantada nesta quarta-feira. Ele deve permanecer em observação por mais duas semanas na UTI.
A Polícia Civil abriu, nesta quarta-feira (11), um inquérito para investigar o caso de um menino de dois anos que tomou ácido, em vez de um sedativo, e teve queimaduras de terceiro grau na boca, garganta e esôfago. Uma técnica de enfermagem foi afastada suspeita de ter cometido o erro em um hospital infantil em Belo Horizonte.
A Polícia Civil ouvirá o depoimento de algumas testemunhas, pedirá os registros de atendimento hospitalar e vai pedir os frascos dos medicamentos usados pelo menino.
A criança foi transferida para o Hospital Felício Rocho e, nesta quarta-feira, passou por uma cirurgia e os médicos introduziram uma sonda diretamente no estômago e foi constatado um estreitamento da traqueia. Com isso, foi feita uma traqueostomia – abertura no pescoço – para a introdução de uma sonda gástrica. O paciente está se alimentando apenas com líquido.
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A criança caiu em casa, bateu a cabeça no muro e foi para um hospital na Região Leste de Belo Horizonte. Ela se preparava para passar por uma tomografia e, segundo a direção da unidade, uma técnica de enfermagem deu um ácido usado em cauterizações em vez de sedativo.
Segundo o boletim de ocorrência, o menino recebeu tratamento como se estivesse sofrendo uma reação alérgica e foi liberado. Horas depois, de volta ao hospital, diretores reconheceram o erro.
A direção do Hospital São Camilo informou que as duas medicações têm embalagens muito parecidas e admitiu que elas estavam armazenadas próximas. De acordo com a Vigilância Sanitária, ácidos e sustâncias que representem risco à saúde têm que ficar guardados em locais diferentes de outros remédios.
A direção do Hospital São Camilo lamentou o fato. A técnica em enfermagem, que teria trocado os frascos de medicamentos, foi afastada temporariamente do serviço.