MINAS: Ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite é procurado pela Interpol

05/07/2013 11:18

Ex-gestor é alvo de mandado de prisão da operação 'Violência Invisível'.
Operação foi deflagrada nesta terça-feira e prendeu sete pessoas.

 

Luiz Tadeu Leite no site da Interpol (Foto: Reprodução / Interpol)
Luiz Tadeu Leite no site da Interpol (Foto: Reprodução / Interpol)

 

O ex-prefeito de Montes Claros (MG) Luiz Tadeu Leite está entre as pessoas procuradas pela International Criminal Police Organization (Interpol). Um mandado judicial foi expedido contra Tadeu Leite na operação "Violência Invisível", deflagrada nesta terça-feira (2), pela Polícia Federal. Na ocasião foram presos os ex-gestores de Janaúba e Pirapora, além de cinco outras pessoas.

A operação teve como foco o combate ao desvio de recursos públicos, que ocorria por meio de licitações direcionadas e compensação ilegal de precatórios judiciais. De acordo com a PF, o golpe teria causado prejuízo de R$ 72 milhões somente em Minas Gerais, outros 100 municípios em 11 estados também teriam relação com a quadrilha.

Durante coletiva de imprensa na terça-feira, o delegado Marcelo de Freitas disse que Luiz Tadeu Leite é considerado foragido da Justiça. Ele afirmou também que o ex-prefeito está em Miami, nos Estados Unidos. Segundo o serviço de inteligência da polícia, o ex-gestor está no exterior desde 14 de maio deste ano.

Sânzio Baioneta, advogado de Luiz Tadeu Leite, esteve na delegacia da PF e disse que seu cliente não é foragido da Justiça Brasileira, e que ele se encontra fora do país em tratamento médico, nos Estados Unidos, após ter passado por uma intervenção cirúrgica. 

Entenda o esquema

O delegado da Polícia Federal Marcelo de Freitas explica que o Tribunal de Contas do Estado comprovou que havia o direcionamento das licitações para aquisição dos precatórios judiciais, que posteriormente eram compensados de forma ilegal pelos municípios.

"O esquema de venda de precatórios podres era oriundo do Espírito Santo e um grupo empresarial comercializava os títulos inidôneos em todo o estado de Minas Gerais, permitindo a sangria de milhões de reais dos cofres públicos", afirma Freitas.

O delegado esclarece que a lei federal nº 9.430/96 proíbe a compensação tributária de títulos adquiridos de terceiros, mas mesmo assim, os municípios envolvidos na fraude os adquiriam para esse fim. Além disso, os títulos eram falsos.

Durante a coletiva da PF, foram divulgados documentos nos quais Cláudio Maia Silva e Ângelo da Silva Marinho assinavam como se fossem auditores fiscais da Receita Federal, mas com as investigações foi comprovado que ambos nunca foram funcionários do órgão. Segundo a PF, até esta fase das investigações não foi constatada a participação de funcionários da Receita Federal.

Fonte: G1 Grande Minas

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