TJMG autoriza defesa de Bola a inquirir testemunhas no júri de Bruno
Julgamento de Marcos Aparecido está marcado para o dia 22 de abril.
O atleta e a ex-mulher Dayanne vão a júri no caso Eliza Samudio.
Uma liminar concedida nesta sexta-feira (1°) autoriza os advogados do réu Marcos Aparecido dos Santos – o Bola – a inquirir as testemunhas do júri popular que começa nesta segunda-feira (4), conforme informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O goleiro Bruno Fernandes de Souza e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues vão ser julgados no Fórum deContagem (MG) pelo cárcere privado e morte da ex-amante do jogador Eliza Samudio, de 25 anos, crime ocorrido em 2010. O julgamento do Bola, que foi desmembrado, está marcado para o dia 22 de abril.
A liminar concedida pelo desembargador Doorgal Andrada autoriza os advogados de Marcos Aparecido dos Santos a fazer questionamentos, durante o júri no plenário, somente às testemunhas que não estão convocadas para o julgamento do próximo dia 22.
Fernando Magalhães, um dos advogados que integra a defesa de Bola, disse que o pedido foi feito, pois, do contrário, o seu cliente poderia ser prejudicado. “Caso essas testemunhas façam quaisquer referências prejudiciais ao Marcos Aparecido, ele ficaria indefeso. Ficaria impossível contrapô-las. Agora sim, recuperou-se a ampla defesa", disse.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para a Justiça, a ex-namorada do jogador foi morta em 10 junho de 2010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o garoto mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Um exame de DNA confirmou a paternidade do atleta.
Em 24 de novembro, o amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão – o Macarrão -, e a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro foram condenados. Macarrão pegou 15 anos de prisão - pena mínima por homicídio qualificado em razão de sua confissão -, sendo 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. Fernanda foi condenada a 5 anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Bruno responde por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, responde em liberdade por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.
Outro réu é o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, que também está preso, e vai responder no júri popular no dia 22 de abril por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Fonte: G1 MG