Vale, vida, verde, verso e viola: 32º Festivale

10/08/2015 16:18

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Desde a década de 80, o Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha (Festivale) reúne, anualmente, artistas, cantores, atores, folcloristas e inúmeros apreciadores da cultura, para uma grande festa popular. Seu objetivo é preservar a cultura do Vale do Jequitinhonha. Feiras de artesanato, cursos, oficinas de teatro, artes plásticas, tudo isso regado com muita música, teatro e dança. Como afirma Tadeu Martins, um dos idealizadores do evento, todo brasileiro é contador de causos, dizendo sempre que “é preciso que o Vale se conheça”. Só para ter uma ideia da sua força, apenas citando a área musical, mais de 80 artistas, frutos do Festivale, têm hoje CDs gravados.

O atual Diretor Executivo da Fecaje (Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha), Ernandes José da Silva, responsável pela organização do evento, afirma que a equipe sente que as pessoas estão dispostas a colaborar com o fortalecimento do movimento cultural e esse é o maior estímulo que pode existir. A população se mobiliza para acabar com o conto do Vale da miséria, mostrando riquezas e culturas da região.

Inicialmente, o Festivale era um festival de música, onde cantores e compositores, até então desconhecidos, puderam mostrar seus trabalhos, revelando o que o povo brasileiro é capaz. A cada ano o evento ocorre em uma das 85 cidades que compõem o Vale, percorrendo 17 dessas cidades. Com o passar dos anos, o evento cresceu, se diversificou, atingiu novos públicos, porém sempre com foco em seu objetivo principal que consiste em atuar política e culturalmente para transformar as realidades das populações e cidades do Vale.

No primeiro dia do 32º Festivale, domingo, 26 de julho, os diversos participantes desembarcaram na cidade de Salto da Divisa para começar as festividades. Padre Paraíso, Pedra Azul, Araçuaí, Jequitinhonha, Medina, Itaobim, estes são apenas alguns exemplos de localidades que lotaram os alojamentos disponibilizados para o evento, que também serviram as refeições dos participantes.

Parte do grupo cultural LGBT Blayblaydys, Alessandro, da cidade de Jequitinhonha, é um frequentador antigo do evento. Há anos ele faz parte de um movimento alternativo ao circuito oficial, que teve início durante uma edição do evento na cidade de Salinas em 2004. Ele afirma que o Festivale vem tomando um rumo de diversidade cultural que considera muito bonito, e que as cidades recebem isso com uma visão bem mais ampla e complexa conforme os anos foram passando.

A mobilização da cidade é algo que surpreendeu Alessandro, como também outros visitantes, que acharam muito interessante chegar em Salto da Divisa e se deparar com a cidade entusiasmada. Alessandro parabenizou a cidade por receber o evento com tanta satisfação. Além de fazer parte do grupo, ele ainda fez uma oficina de dança Afro, pois se interessa por essa mistura de cultura africana com costumes brasileiros.

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Fonte: Boletim Informativo do Polo Jequitinhonha, Edição: #102

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